Como uma celebração de aniversário revelou o potencial de um setor que não para de crescer — e como Katia Teixeira soube transformar festas em plataformas de impacto social e cultural. Da festinha infantil ao Louvre: Katia Teixeira e a força transformadora do mercado de eventos
Oi aqui é a Cris Goulart. E para essa matéria tive o prazer de entrevistar uma grande amiga de longa data, Katia Teixeira, eu amo a história de vida dela, espero que gostem também.
Se há um setor que une emoção, estratégia, criatividade, negócios e impacto, esse setor é o de eventos. E poucas pessoas traduzem essa pluralidade como Katia Teixeira. Empresária há mais de 40 anos, ela construiu sua trajetória a partir de um gesto simples — comemorar o primeiro aniversário do filho — e transformou essa experiência em um império de conexões humanas, negócios lucrativos e movimentos de transformação social.
A história de Katia é, na prática, a história da força do mercado de eventos brasileiro: um dos mais vibrantes, diversos e resilientes do mundo. Um mercado que vai muito além de festas e comemorações, e que se desdobra em experiências, franquias, redes de relacionamento, empreendedorismo feminino e alcance internacional.
A festa que virou negócio
O ponto de partida da trajetória empreendedora de Katia foi um salão de festas no condomínio. Insatisfeita com os pacotes oferecidos pelos buffets infantis da época, ela decidiu organizar o aniversário do filho por conta própria. O que era para ser uma comemoração íntima se tornou um verdadeiro espetáculo: banda ao vivo, lembrancinhas exclusivas, decoração temática, balões diferenciados e um ambiente cuidadosamente planejado para emocionar.
O sucesso da festa gerou um efeito cascata. Amigas passaram a solicitar sua ajuda e, sem perceber, Katia dava os primeiros passos no universo dos eventos — um setor que, ainda que muitas vezes invisível nos bastidores, movimenta bilhões e transforma vidas.
Eventos como ponte entre negócio e propósito
Foi com essa visão que Katia fundou a Monte&Brinq, empresa de lembrancinhas educativas e personalizadas que logo ganhou escala nacional. Em pouco tempo, atendia buffets em todo o país com um catálogo de mais de 80 modelos. O que parecia um simples detalhe de festa tornou-se um negócio altamente rentável.
E é aí que o mercado de eventos mostra sua força: cada elemento — da cenografia à lembrança, da música à logística — é uma oportunidade de negócio criativo e especializado. A festa é só o ponto de contato. Por trás dela, existe toda uma engrenagem que emprega, movimenta e transforma.
Parques temáticos e inovação no entretenimento infantil
Inspirada por uma lembrança de juventude no Canadá e por uma experiência com o próprio filho em um buffet, Katia decidiu criar algo ainda mais ousado: um parque indoor. Assim nasceu a Amazing Balls, com a maior piscina de bolinhas da América Latina: 310 mil bolinhas coloridas, personagens próprios e uma proposta que unia segurança, fantasia e aprendizado.
Mais uma vez, o evento não era apenas entretenimento. Era também franquia, branding, design de experiências e expansão de mercado. A marca cresceu, gerou empregos, atraiu investidores e se posicionou como referência em inovação no setor de entretenimento familiar.
Eventos que conectam, comunicam e transformam
Após consolidar sua carreira empresarial, Katia deu um novo passo: transformar eventos em plataformas de empoderamento feminino. Participou do programa internacional 10.000 Women, da Goldman Sachs, e fundou o movimento Agora Que São Elas, que começou com encontros entre empreendedoras e se tornou um programa de rádio, TV e um catalisador de negócios entre mulheres.
Dessa iniciativa nasceu a coletânea “Quais de Mim Você Procura?”, com relatos de mais de mil mulheres — um projeto reconhecido como a maior liga de mulheres investidoras-escritoras do Brasil. Os livros foram distribuídos gratuitamente em abrigos, comunidades e penitenciárias femininas, mostrando como o evento, além de reunir, também pode curar, inspirar e abrir caminhos.
Quando o evento ultrapassa fronteiras
O reconhecimento internacional veio em grande estilo. Katia foi homenageada pela Divine Académie des Arts et Culture, de Paris, e realizou um evento de lançamento no próprio Museu do Louvre — uma conquista simbólica para quem começou organizando festas no condomínio. “Realizar um evento no Louvre é mais do que uma realização pessoal, é a prova de que o setor de eventos pode ocupar qualquer palco do mundo”, afirma.
Com essa visão, criou a TLTE – The Luggage That Empower, uma iniciativa que conecta mulheres brasileiras a eventos internacionais. Já passaram por Lisboa, Paris, Madrid, Buenos Aires, Barcelona e até por Angola, onde organizaram a primeira feira de empreendedorismo feminino do país. Cada evento é, simultaneamente, um produto, uma experiência, um negócio e uma causa.
Um setor em plena expansão
A trajetória de Katia Teixeira mostra o que os números confirmam: o setor de eventos está em plena expansão, cada vez mais interligado com áreas como tecnologia, educação, responsabilidade social, turismo e economia criativa. Não se trata apenas de planejar festas, mas de construir experiências transformadoras com potencial de gerar impacto local e global.
Para Katia, a chave está na ação. “Sonhar grande e sonhar pequeno não dá o mesmo trabalho, o esforço é diferente, disciplina, tudo isso muda, quando a gente sonha e quer realizar, precisamos levantar e fazer acontecer, mas tudo é possível se você acredita e trabalha duro”, afirma.
Seu lema — “Sonho, logo realizo” — virou assinatura pessoal e profissional.
Hoje, ela continua atuando como mentora, palestrante e idealizadora de projetos, levando sua tradicional saudação “Salve, salve!” a eventos que promovem conexão, pertencimento e protagonismo feminino.
Katia Teixeira é empresária, especialista em eventos e referência internacional em empoderamento feminino e combate ao wollying (bullying entre mulheres). Fundadora da Monte&Brinq, Amazing Balls, Agora Que São Elas e TLTE, já realizou eventos em cinco países e é reconhecida por transformar celebrações em movimentos de impacto social e cultural.
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